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terça-feira, 5 de março de 2013


Análise: Capacitação ainda é desafio ao empreendedorismo feminino

CRISTINA BONER
ESPECIAL PARA A FOLHA

MPMEO crescimento das mulheres no mercado de trabalho e no meio empreendedor é um fato já observado há anos. A transformação que merece destaque é que a busca pela inclusão profissional não se restringe às classes mais favorecidas.
O movimento de mulheres nas classes C, D e E que almejam uma emancipação profissional e ampliam a sua participação no orçamento familiar aumentou nos últimos cinco anos.
O Data Popular aponta que as mulheres hoje circulam R$ 741 bilhões por ano na economia brasileira. Elas são referência da movimentação econômica e, acima de tudo, a base do desenvolvimento de nossa sociedade.
Na visão de empreendedora, nas classes A e B, segundo dados do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), as mulheres somam metade dos novos empreendimentos brasileiros, número que era inferior a 30% há dez anos.
No entanto, é com as mulheres das classes C e D que observamos a transformação mais rápida e significativa.
Cada vez mais as atividades do lar são acrescidas de novos afazeres, seja como auxiliares domésticas, atendentes de telemarketing e mesmo em funções antes reservadas aos homens, como técnicos de informática.
A procura por cursos de capacitação gratuitos oferecidos pela ONG Ame (Associação de Mulheres Empreendedoras) atesta isso. Mais de 3.000 mulheres já foram atendidas e um número bem maior busca, diariamente, essa oportunidade. Fica claro, portanto, que a barreira cultural está ruindo. Mas ainda existe outra que precisa ser superada: a da capacitação.
Não se trata da formação de grandes executivas ou donas de grandes negócios, mas do apoio às mulheres para transformar uma situação que muitas vezes é vista como imutável e precária.
Afinal, o empreendedorismo está no conceito da transformação de uma condição de vida e não apenas no advento monetário.
Esse é o primeiro passo para as futuras empreendedoras, que, muitas vezes, se unem para montar cooperativas e passam a oferecer serviços, produtos e mão de obra especializada.
Elas acreditam que o investimento numa aprendizagem profissional é vantajoso para suas vidas e para quem vive com elas. A sociedade depende de uma transformação contínua e o enriquecimento cultural, de apoio.
Essa transformação só ocorre para quem tem coragem de buscar isso.
As mulheres de famílias menos favorecidas ensinam como a união do esforço com a oportunidade de aprender é o caminho mais eficiente para o ingresso na estatística positiva de nossa economia.
CRISTINA BONER é presidente da Associação de Mulheres Empreendedoras (AME)

http://folha.com/no1240724

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