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sábado, 9 de março de 2013

As feministas do novo milênio: quem são, o que querem e como vão atrás de suas metas

Jovens, multiculturais, estratégicas e solidárias, essas norte-americanas não estão atrás apenas de seus sonhos. Elas querem colaborar com o de outras mulheres

LEILA JANAH É PIONEIRA EM UM NOVO SERVIÇO DE OUTSOURCING E TEM CLIENTES COMO GOOGLE E MICROSOFT (Foto: Reprodução)
LEILA JANAH É PIONEIRA EM UM NOVO SERVIÇO DE TERCEIRIZAÇÃO
E TEM CLIENTES COMO GOOGLE E MICROSOFT (Foto: Reprodução)
Quem são as feministas norte-americanas do século XXI e o que elas buscam? De acordo com pesquisas do Pew Social Trends (centro americano de pesquisa de tendências em comportamento), elas têm entre 18 e 34 anos, são partidárias de Barack Obama (sendo que 60% votou para reelegê-lo) e dois terços das mulheres dessa faixa etária dizem que “ser bem-sucedidas em uma carreira ou profissão com um alto salário foi muito importante” ou “é a coisa mais importante” de suas vidas.
O que elas chamam de sucesso profissional, no entanto, vai além de um salário executivo. O sonho delas é fazer a diferença como empreendedoras sociais ou políticas. Através de ferramentas de marketing e mídias sociais, elas capacitam outras mulheres menos afortunadas e as encaminham para carreiras que, sozinhas, não teriam sorte de conseguir, como as áreas de tecnologia e ciência.
De acordo com as pesquisas e com o que grandes veículos do país, como o "Daily Beast", afirmam, o novo feminismo norte-americano é formado por mulheres dinâmicas que contam com a ajuda de outras já estabilizadas em posições de liderança no mercado de trabalho até chegarem a cargos que, antes, eram ocupados apenas por homens. Paralelo a isso, elas estão inovando também na forma de fazer o bem mundial. Conheça, a seguir, três histórias que simbolizam essas novas mulheres:
DO BLOG AMADOR PARA O SALÁRIO EXECUTIVO 
Aos 12 anos, Lauren Schulte criou sozinha um blog pessoal para impressionar um garoto. Com 15 anos, ela ganhava 20 dólares por hora (cerca de R$ 40) ajudando os amigos do seu pai a construírem sites próprios. Quando começou a cursar a faculdade, Lauren usou suas habilidades com software para trabalhar na IBM, uma das maiores empresas do mundo em Tecnologia da Informação. Aos 24 anos, terminou os estudos e estava à frente de seus concorrentes de carreira. Só que, aos 27, Lauren decidiu largar um ótimo salário de executiva para fazer parte de um órgão (na época sem fins lucrativos) criado por uma jovem empreendedora social, Leila Janah. A empresa, hoje, se transformou em referência na área.
UMA IDEIA MILIONÁRIA 
Lauren foi trabalhar com a índia norte-americana, crescida no subúrbio de Los Angeles, Leila Janah, de 30 anos, é pioneira em um modelo de terceirização chamado microwork. Sua empresa, a Samasource, fornece trabalhos para as mulheres das favelas da África e Índia, como parte de uma rede de abastecimento de informações online e serviços digitais. Com clientes como Google, Microsoft, Linkedin e eBay, a empresa gerou, só em 2010, um lucro de 5 milhões de dólares (quase R$ 10 milhões). Leila se transformou em uma das pessoas mais influentes do mundo na área de tecnologia e emprega mais de 3500 garotas marginalizadas, oferecendo salário digno, ensino superior e plano de carreira dentro de um ano. 

RESHMA SAUJANI, CANDIDATA A DEFENSORIA PÚBLICA DE NOVA YORK, 
É UMA DAS MAIORES REPRESENTANTES DA NOVA GERAÇÃO DE FEMINISTAS 
(Foto: Reprodução)

DE UGANDA PARA A CASA BRANCA 
Reshma Saujani, de 37 anos, é asiática e filha de imigrantes. Seus pais, ambos engenheiros, estavam entre os milhares de ugandenses obrigados a deixar sua terra por causa das guerras constantes e se mudar para os Estados Unidos. Para cursar uma graduação em Ciências Políticas e um mestrado em Políticas Públicas, ela acumulou uma dívida de 200 mil dólares (quase R$ 400 mil) e levou uma década para quitar. Saujani começou a carreira em um escritório de advocacia em Nova York, antes de se tornar vice-presidente de uma empresa de investimentos de Wall Street.

Primeira asiática a entrar no Congresso norte-americano, ela começou como estagiária de Hillary Clinton, em 1997. Em 2008, trabalhou no Conselho Nacional de Finanças da campanha da candidata a presidente dos Estados Unidos. Como outras feministas de sua geração, ela criou uma ONG, a “Girls Who Code”, que visa treinar garotas entre 13 e 17 anos em tecnologia e engenharia, tidas como profissões do futuro. Em 2020, haverá 1,4 milhões de vagas de emprego para especialistas em computação com salários mensais de 100 mil dólares .

Além de concorrer atualmente ao cargo máximo na defensoria pública (no qual anteriormente foi vice), Saujani lançará pela Amazon, em abril, seu primeiro livro, "Women Who Don’t Wait in Line" (Mulheres que não esperam na fila, em tradução livre para o português). No texto, ela diz que as mulheres devem assumir riscos, aprender com os erros e trabalhar com o que amam. "Estamos criando a nossa própria irmandade. É nossa obrigação ajudar, patrocinar, votar e eleger umas as outras. É dessa forma que vamos refazer a América", afirma a candidata em seus discursos. É por isso que, em 2011, ela foi considerada uma das 40 pessoas mais influentes na política de Nova York.

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