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sexta-feira, 1 de março de 2013


CONTROLE POPULACIONAL?

Imigrantes etíopes acusam Israel de aplicar contraceptivo sem consentimento

Imigrante etíope protesta em uma comunidade em Israel
(Reprodução/AFP)
Agentes de saúde israelenses são acusados de aplicar contraceptivo em mulheres para conter o aumento da comunidade de imigrantes etíopes no país

O governo de Israel está investigando a denúncia de que mulheres etíopes que vivem no país estão sendo forçadas a tomar injeções do contraceptivo Depo-Provera a cada três meses. Além de impedir a menstruação, o contraceptivo está ligado a efeitos colaterais como osteoporose e problemas de fertilidade.

Segundo a denúncia, as vacinas começavam a ser aplicadas quando as imigrantes ainda estavam a caminho de Israel, em campos de refugiados etíopes. Muitas mulheres não concordavam com a prática ou, simplesmente, não sabiam do que se tratava. As doses continuavam a ser aplicadas após a chegada ao país por agentes de saúde, como forma de controle populacional, segundo a denúncia.

A prática foi denunciada após assistentes sociais registrarem uma queda na taxa de natalidade entre as imigrantes etíopes na última década. Em dezembro foi lançado um documentário sobre o assunto, o que gerou protestos

Para produzir o documentário a etíope Sava Reuben, que mora em Israel desde 1984, entrevistou mais de 35 mulheres de sua comunidade e descobriu que 25 ainda recebiam a dose de contraceptivo. Uma das entrevistadas disse acreditar estar tomando vacina contra gripe e não fazia ideia de que se tratava de contraceptivos.

Outra mulher revelou que ainda estava grávida quando chegou ao campo de refugiados, onde morou por sete anos. Segundo ela, os agentes reuniram todas as mulheres que haviam dado à luz e avisaram que, como seria difícil sustentar uma criança em Israel, elas teriam de tomar injeções do Depo-Provera. “Nós não queríamos, recusamos”, disse a mulher que só concordou em tomar o contraceptivo após os agentes ameaçarem impedir sua entrada em Israel e suspender a assistência médica no campo de refugiados.

Atualmente, cerca de 50 mil etíopes vivem em Israel. A crescente comunidade imigrante vem lutando contra o preconceito. O ministro da Saúde israelense nega que a prática seja uma forma de controlar o aumento da população de imigrantes etíopes no país. “O ministro da Saúde de Israel não recomenda nem encoraja a injeção de Depo-Provera. Se isso está acontecendo, é sem o nosso consentimento”, disse um porta-voz do ministro.


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