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quarta-feira, 6 de março de 2013


Crise na Síria tira milhares de crianças da escola, alerta UNICEF


As irmãs Tamara e Eilada fugiram de sua aldeia na Síria, mas agora têm uma chance de continuar seus estudos na Turquia. Foto: ACNUR/B.Sokol.
A escalada de violência na Síria está ameaçando a educação de centenas de milhares de crianças, alertou nesta terça-feira (5) o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) após uma avaliação que mostra um número significativo de escolas destruídas, professores mortos e taxas de frequência despencando.
“O sistema de educação na Síria está sofrendo com o impacto da violência”, disse o Representante do UNICEF no país, Youssouf Abdel-Jelil. “A Síria se orgulhava da qualidade de suas escolas. Agora está vendo os ganhos que fez ao longo dos anos rapidamente revertidos.”
Segundo a avaliação, um quinto das escolas do país têm sofrido dano físico direto ou estão sendo usadas para abrigar pessoas deslocadas internamente.
Nas cidades onde o conflito é mais intenso, como Idlib, Aleppo e Deraa, as crianças muitas vezes não se apresentam para a classe e, por vezes, assistem a apenas duas aulas por semana. Em áreas com elevado número de deslocados internos, no entanto, as classes estão superlotadas, podendo ter às vezes até 100 alunos.
A avaliação, realizada em dezembro, também descobriu que mais de 110 professores e outros funcionários da educação foram mortos e muitos outros não estão mais trabalhando. Em Idlib, a frequência dos professores não é maior do que 55%, apontou o Fundo.
Algumas escolas também têm sido utilizados por forças e grupos armados envolvidos no conflito, fazendo com que os pais fiquem relutantes em enviar seus filhos para a escola.
“Estar na escola faz com que as crianças se sintam seguras e deixa seus pais esperançosos sobre o futuro dos filhos”, disse Abdel-Jelil. “É por isso que muitos pais com quem falamos destacam a educação como sua prioridade máxima.”

UNICEF apoia estabelecimentos emergenciais


O UNICEF está apoiando mais de 170 clubes escolares em Homs, Deraa, Damasco Rural, Tartous, Lattakia, Hama e Quneitra. Os clubes permitem que cerca de 40 mil crianças recebam educação emergencial e participem de atividades recreativas.
A agência também está proporcionando suprimentos educacionais para reabilitar escolas danificadas, mas requer um adicional de 1 milhão de dólares para manter os clubes abertos até o final de maio.
A falta de financiamento para as atividades humanitárias continua a ser um grande constrangimento. O Escritório da ONU de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) disse hoje que dos 519 milhões de dólares solicitados para responder à crise na Síria, apenas 21% foi recebido e de 1 bilhão de dólares pedidos para o Plano de Resposta a Refugiados, somente 19% foi financiado.
Até 70 mil pessoas – a maioria civis – foram mortas desde que teve início o levante contra o presidente Bashar al-Assad, em março de 2011. Outras 900 mil pessoas fugiram para países vizinhos. Além disso, 2 milhões de pessoas foram deslocadas e mais de 4 milhões necessitam de assistência humanitária.

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