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sábado, 2 de março de 2013


Estrutura atenderá público restrito, diz professora da USP

DE SÃO PAULO

O pedido de auxílio a empresas para a expansão de vagas em creches dividiu educadores consultados ontem pela reportagem.
O prefeito Fernando Haddad (PT) decidiu ajudar a financiar creches de empresas que queiram oferecer o serviço a empregados para tentar diminuir o deficit de vagas para crianças de 0 a 3 anos na capital.
Professora da Faculdade de Educação da USP, Maria Letícia Nascimento questiona o repasse de verbas públicas para manutenção de uma estrutura que atenderá a um grupo restrito (filhos de funcionários de empresas).
"Concordo quando o dinheiro privado ajuda o setor público. Mas sou contra quando ocorre o inverso, que é esse o caso", afirma.
Ela vê também dificuldades na execução do projeto.
"Pode-se criar uma estrutura para um determinado número de crianças. E se parte das mães for demitida, o dinheiro investido será perdido?", diz a pesquisadora.
Segundo ela, o programa seria interessante se ficasse restrito ao apoio técnico às empresas, sem repasses.
Membro do movimento Creche para Todos, Salomão Ximenes afirma ser favorável à ideia. "A prefeitura faz bem em exigir uma maior responsabilidade social das empresas, que é prevista em lei."
Ele se refere à determinação presente na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), de que as empresas devem ter creche ou deem auxílio financeiro às mães.
"Na maioria dos casos, o valor é muito baixo, não é suficiente para pagar uma mensalidade", afirma Ximenes.
Ele, porém, prefere esperar o detalhamento do projeto para se manifestar sobre o repasse de recursos às empresas. "É um ponto polêmico." (FÁBIO TAKAHASHI)

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