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sábado, 9 de março de 2013



Cerca de meio milhão de mulheres que vivem na União Europeia sofreram mutilação genital e cerca de 180 mil meninas correm esse risco, todos os anos.

As vítimas pertencem, sobretudo, a comunidades imigrantes de países africanos, mas também da Península Arábica, da Ásia e da América do Sul.

A euronews falou com Khadidiatou Diallo, vítima que fundou uma organização de apoio na Bélgica: “Lembro-me de uma festa, de preparativos e no dia seguinte acordaram-me e disseram-me que íamos sair. Perguntei para onde íamos, pensava que era para a escola. Responderam que ia ser uma menina crescida e ser uma menina crescida significa ser mutilada”.

Esta mutilação, normalmente justificada por razões religiosas ou culturais, consiste na excisão ou infibulação dos genitais. É realizada a partir de poucos meses de idade até cerca dos 15 anos. Pode causar problemas de saúde permanentes ou a morte.

A Comissão Europeia advoga a tolerância zero contra a mutilação genital feminina, vista como uma violção dos direitos humanos, e prometeu 15 milhões de euros para a prevenção e apoio às vítimas (governos e organizações não governamentais).

Christine Loudes, da Amnistia Internacional, explica que “a invisibilidade do problema levou à falta de ação. Mas agora que se discute o assunto, espero que se tomem medidas”.

Nenhum dos estados-membros, incluindo Portugal – onde foram detetados casos -, tem uma provisão específica sobre asilo ligada ao problema. Cerca de 20 mil mulheres pediram asilo na UE por causa da mutilação genital feminina.

Mas além de legislar, os estados-membros devem ser mais ativos, defende o eurodeputado dos Verdes, Raul Romeba e Rueda.

“Não faltam medidas, não há nenhum problema de falta de iniciativas. O que falta é a vontade política para implementá-las e faltam recursos. Aquilo de que precisamos agora não é de mais políticas, mas de um compromisso dos governos nacionais de que vão atribuir verbas para as tornar realidade. E isso é algo que precisa de ser recordado aos Parlamentos nacionais”, afirmou.

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