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sábado, 9 de março de 2013


O paradoxo entre a beleza e a inteligência da mulher

Série especial dedicada ao Dia da Mulher e à campanha #WomenWishes, promovida por todas as Marie Claire do mundo

AUDREY TAUTOU COMO COCO CHANEL, A ESTILISTA QUE REVOLUCIONOU O GUARDA-ROUPA FEMININO (Foto: divulgação)
AUDREY TAUTOU COMO COCO CHANEL,
A ESTILISTA QUE REVOLUCIONOU O GUARDA-ROUPA FEMININO
(Foto: divulgação)
Até o começo do século 20, mulher nenhuma podia trabalhar. Elas cuidavam da casa e dos filhos, mas não só. Também tinham que se dedicar à própria aparência, estar lindas e asseadas para receber o marido que chegava do trabalho, despir-lhe as botas e satisfazer seus sentidos.
A ESTILISTA FRANCESA COCO CHANEL (Foto: divulgação)
A ESTILISTA FRANCESA COCO CHANEL
(Foto: divulgação)
Os espartilhos bem apertados, as saias longuíssimas, os cabelos compridos impediam seus movimentos e eram a expressão da limitação da mulher à esfera doméstica. Por essa razão, a moda teve um papel fundamental para que a função social das mulheres se alterasse. Junto com a estilista Coco Chanel, nos anos 1920, uma das primeiras mulheres a dedicar-se à carreira, emergem o corte de cabelo Chanel (muito mais prático), as saias mais curtas (que permitiam que as mulheres andassem até de bicicleta pelas ruas), bijuterias e maquiagens marcantes. O novo corte de tecido veio acompanhado por um novo comportamento feminino.
No Brasil da década de 20, a artista plástica Tarsila do Amaral ajudou a questionar o padrão estético anterior e recebeu reconhecimento internacional por sua obra. Ainda assim, as décadas seguintes são de solavancos. As meninas seguem sendo educadas para se concentrar no lar, ao mesmo tempo em que o avanço tecnológico – como a criação do ferro elétrico – diminui a quantidade de horas que as mulheres precisam dedicar ao trabalho doméstico. Há uma crescente tensão entre o desejo de estudar e a obrigação doméstica.
A MULHER BELA E A MULHER ESTÚPIDA
ANGELINA JOLIE, SÍMBOLO DE BELEZA ATUAL, É UMA DAS MAIS ATUANTES EMBAIXADORAS DA ONU PELO MUNDO. AQUI, FOTO DA ATRIZ NO PAQUISTÃO (Foto: Reprodução)
ANGELINA JOLIE, SÍMBOLO DE BELEZA ATUAL, É UMA DAS MAIS ATUANTES
EMBAIXADORAS DA ONU PELO MUNDO. AQUI, FOTO DA ATRIZ NO PAQUISTÃO
(Foto: Reprodução)
Apenas a partir da década de 1960/ 1970, as mulheres passam a ocupar mais espaço no mercado de trabalho. Com sua ascensão profissional surge um preconceito: mulher inteligente é feia e mal cuidada. “Essa noção machista ainda perdura, o que é um completo absurdo. Hoje são as mulheres mais bem-sucedidas profissionalmente as que mais investem em sua aparência”, afirmou à Marie Claire o filósofo francês Gilles Lipovetsky“O fato de a mulher se interessar por produtos de beleza e por moda não faz dela uma estúpida. As mulheres querem aliar beleza à conhecimento e competência”. A contradição entre a beleza e a inteligência é falsa. É mais um artifício de dominação masculina, para expropriar as mulheres de seu intelecto ou de sua sensualidade. Essa é uma escolha que nenhuma mulher precisa fazer.

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