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domingo, 24 de março de 2013


Religiosos tiram do ar propaganda que divulga uso de camisinha no Quênia

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Propaganda de um minuto era exibida no horário nobre em canais de TV do Quênia (BBC)
Propaganda de um minuto era exibida no horário nobre em canais de TV do Quênia (BBC)
No Quênia, uma propaganda que promove o uso de preservativos mostrando uma mãe comentando com outra sobre seu amante foi retirada após reclamações de líderes religiosos.
Clérigos muçulmanos e cristãos disseram que o anúncio, exibido em horário nobre, promove a infidelidade e não o sexo seguro e a prevenção à Aids.
A agência do governo que encomendou a propaganda afirma que ela mostra a realidade. No final da propaganda, a mulher é encorajada a usar o preservativo.
"Todos sabem que uma grande parte dos homens e mulheres têm relações fora do casamento ou do relacionamento estável, é uma realidade que precisa ser tratada", afirmou Peter Cherutich, do Programa queniano de Controle de Aids e doenças sexualmente transmissíveis.
De acordo com a ONU, cerca de 1,6 milhão de pessoas são portadoras do vírus HIV no Quênia. O país tem uma população de 41,6 milhões.
Segundo Cherutich, uma pesquisa realizada no Quênia mostrou que entre 20% e 30% dos casais casados tiveram outros parceiros sexuais e a maioria deles não usou preservativos.
No entanto, para os líderes religiosos, as campanhas que falam sobre o uso do preservativo para evitar a AIDS promovem relacionamentos fora do casamento.
Joseph Warungu, coordenador de HIV/AIds da Igreja Anglicana, afirma que eles acham as campanhas "erradas" e o papel da igreja é "pregar a fidelidade no casamento".
A organização que representa os muçulmanos no Quênia, o Conselho de Imãs e Pregadores do Quênia, também condenou os canais de televisão por mostrar a propaganda de um minuto de duração.
"A propaganda mostra esta nação como se fosse Sodoma e Gomorra e não uma que valoriza as instituições do casamento e família", afirmou Sheikh Mohammed Khalifa, secretário da organização, ao jornal Kenya Business.
Nas ruas da capital, Nairóbi, as opiniões do público estão divididas. Alguns pais afirmaram que ficaram constrangidos de assitir à propaganda com os filhos na sala e mudaram de canal.
De acordo com a correspondente da BBC em Nairóbi Anne Soy, muitos quenianos conservadores apoiam a opinião dos líderes religiosos que pediram a retirada da propaganda.
O anúncio faz parte de uma série de campanhas de prevenção da AIDS realizadas há anos pelas autoridades de saúde do país.

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