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quinta-feira, 14 de março de 2013


Seu divórcio: você ainda vai rir (muito!) dele

Nora Ephron, uma das escritoras de maior sucesso dos Estados Unidos, transformou a dor da separação em best-sellers divertidos

A ESCRITORA NORA EPHRON (Foto: Divulgação)A ESCRITORA NORA EPHRON (Foto: Divulgação)
Foi exatamente isso o que aconteceu com a norte-americana Nora Ephron, uma das escritoras de maior sucesso dos Estados UnidosEm 1974, ela era casada com o jornalista Carl Bersntein e descobriu que estava sendo traída. Foi devastador, como sempre é. Mas passou e um dia Nora, que na época era jornalista e colaborava com revistas como “Esquire”, se viu escrevendo sobre o divórcio. O que era um texto virou um livro, depois um roteiro, depois um filme de muito sucesso, que em inglês se chama“Heartburn” – e que em português foi traduzido para “A Difícil Arte de Amar”. Lançado em 1986, o filme conta a história de Rachel (Meryl Streep), uma escritora de culinária que apaixona-se por Mark (Jack Nicholson), um colunista meio mulherengo. Eles rapidamente casam-se, mas o relacionamento começa a ruir quando Rachel engravida e descobre que Mark está traindo-a.
Mais do que o sucesso retumbante de“Heartburn”, ao escrever sobre o doloroso processo da separação Nora percebeu que finalmente estava rindo daquilo que um dia tinha tido o significado de tragédia para ela. Embora fossem os anos 70, um divórcio ainda era um DIVÓRCIO. E ela ainda tinha duas crianças. Mas tocou a vida. E “Heartburn” foi só o começo. Nora tornou-se roteirista e, depois, diretora de filmes de sucesso. É dela a antológica cena em que Meg Ryan simula um orgasmo para Billy Crystal no meio de uma lanchonete lotada, em “Harry e Sally – Feitos Um Para o Outro”. O último trabalho dela como roteirista e diretora foi o filme “Julie & Julia”, em 2009, sobre a história de Julie Child, a cozinheira americana que ensinava receitas na televisão durante os anos 50.
Assista, abaixo, a cena em que Meg Ryan simula um orgasmo, no filme “Harry e Sally- Feitos um Para o Outro









Nora morreu em junho do ano passado, com 71 anos. Tinha se casado mais duas vezes após o divórcio nos anos 70. Entrou para a história como uma das personalidades mais importantes do cinema. Pouco antes de sua morte, ela foi entrevistada para o documentário “Makers: Women Who Make America”(inédito no Brasil), que mostra o papel de algumas mulheres na formação dos Estados Unidos nos últimos 50 anos. Nora foi fundamental nesse processo. Suas histórias fizeram milhões de pessoas rirem, chorarem e aprenderem. Ela emprestou suas experiências para mostrar que, sim, temos muitos denominadores em comum. Se saber disso não resolve, pelo menos consola. É bom sabermos que não somos as únicas a ter o privilégio de, vez em quando, participarmos de um drama. Melhor ainda é saber que se outras depois conseguiram rir daquilo, nós também conseguimos.
As melhores frases de Nora
“Não importa o quão inteligente você é se os homens com que se casou são tão habilidosos quanto os meus ex-maridos em mostrar que você é uma idiota”.
“Você realmente fica um pouco louca quando se casa com alguém que tem um animal de estimação”.

“Eu deveria saber, deveria ter suspeitado de algo mais cedo, especialmente desde que Mark começou a passar tanto tempo que o verão no dentista ... O tempo todo lá ia Mark fazer canais, tratamentos de gengiva ou aprender a usar o fio dental. Não importa a inconveniência ele nunca reclama”.
“Eu casei com ele mesmo indo contra todas as evidências. Casei acreditando que o casamento não funciona, que o amor morre, que a paixão apaga. Ainda assim me tornei o tipo de romântico que só uma pessoa muito cínica é capaz de ser”.
“Quando você tem um bebê, detona uma explosão em seu casamento. E, mesmo quando a poeira baixar, você não terá mais aquele mesmo casamento. Não será necessariamente pior, mas será diferente”.
“Às vezes eu olhava para minhas amigas que estavam casadas e felizes e não sabiam cozinhar, e me perguntava como elas conseguem isso. Será que alguém me ama se eu não poderia cozinhar? Eu sempre pensei que cozinhar era parte do pacote”.
“E então os seus sonhos vão se quebrar em um milhão de pedaços minúsculos. Vai morrer. E vai se ver tendo que escolher: ou se contentar com a realidade, ou você volta a viver, como um tolo, e sonhar mais um sonho”.
“Eu realmente não estou interessada em tratar mulheres como vítimas. Uma das coisas que gosto em “Difícil Arte de Amar” é basicamente essa mensagem: “Olhe o que aconteceu comigo e adivinha? No fim ri disso tudo”.
Uma listinha de filmes escritos e/ou dirigidos por Nora Ephron:

“Julie & Julia” (2009)
“A feiticeira” (2005)
“Bilhete Premiado” (2000)
“Mensagem para Você” (1999)
“Anjo e Sedutor” (1996)
“Um Dia de Louco” (1994)
“Sintonia de Amor” (1993)
“Linhas Cruzadas” (2000)
“Meu Pequeno Paraíso” (1990)
“Harry & Sally – Feitos um Para o Outro” (1989)
“A Difícil Arte de Amar” (1986)
“O Retrato de uma Coragem” (1983)

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