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quarta-feira, 31 de julho de 2013

Especial Mulheres e Cultura: Grafiteira Panmela Castro chama artistas para seleção de projetos e conta sua história de arte urbana engajada com o fim da violência


31/07 - Especial Mulheres e Cultura: Grafiteira Panmela Castro chama artistas para seleção de projetos e conta sua história de arte urbana engajada com o fim da violência
Artista é saudada pelas ministras Eleonora Menicucci (Mulheres) e Marta Suplicy (Cultura) Foto: Isabel Clavelin/SPM
Ela incorpora o pensamento feminista aos seus traços em murais e paredes. Em entrevista ao site SPM, no lançamento dos editais públicos Prêmio Carmen Santos Cinema de Mulheres 2013 – Apoio à Curta e Média-Metragem e Prêmio Funarte Mulheres nas Artes Visuais, convida artistas a participarem da seleção de projetos de artes visuais e de cinema
 
Arte feita por mulheres e inspirada nelas. É com esse espírito que a grafiteira Panmela Castro, mais conhecida como Anarkia Boladona, produz murais pelo mundo há oito anos. Ela retrata o universo feminino e a luta das mulheres pelo enfrentamento à violência.
 
Carioca de 32 anos, trabalha com arte urbana desde os 18. “Comecei com a pichação. Meus amigos achavam estranho eu, uma menina, pichando muro”, lembra em entrevista ao portal da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR).  
 
A artista deixou sua marca nas paredes da Funarte, em Brasília no início deste mês, durante o ato de lançamento dos editais públicos Prêmio Carmen Santos Cinema de Mulheres 2013 – Apoio à Curta e Média-Metragem e Prêmio Funarte Mulheres nas Artes Visuais. Ambos são iniciativa da SPM e do Ministério da Cultura e seguem com inscrições abertas até meados de agosto.
 
Panmela considera que as políticas públicas são necessárias para mudar a realidade das artes visuais no Brasil, em que os homens são a maioria dos artistas. “Não há paridade de gênero na cultura e esse número tem de mudar com as políticas públicas”. Para quebrar essas barreiras de gênero, ela chama as mulheres a participarem da seleção de projetos de artes visuais e de cinema, a fim de garantir o espaço delas no mundo artístico.
 
“Vivo da minha arte, mas ainda tenho dificuldade de ser reconhecida profissionalmente”, conta. São frequentes, segundo ela, os comentários de que o grafite não seria arte “madura”. E sim, expressão para adolescentes.
 
Bacharel em pintura e mestra em Artes, a grafiteira tem uma empresa que produz murais, inclusive com imagens personalizadas, para diversas organizações. Como profissional, já grafitou na França, nos Estados Unidos, no Canadá, na República Tcheca, na Áustria, na Alemanha, na África do Sul, na Turquia, em Israel, entre outro países. 
 
Em 2012, foi eleita como uma das 150 mulheres mais influentes do mundo. Figurou em lista composta pela presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, a ex-presidenta chilena Michele Bachellet, a atriz Angelina Jolie e a fotógrafa e cineasta Cindy Sherman. E soma prêmios na categoria de direitos humanos: o Vital Voices Global Leadership Awards, da Organização Vital Voices, e o DVF Awards, da Fundação Diller Von Furstenberg Family Fundation. 
 
Ousadia nas artes - “Quando comecei, havia um estigma de que menina só desenhava bonequinhas, flores”, declara. Contrapondo-se à infantilização das mulheres, acredita ter influenciado o surgimento de outras grafiteiras. E a arte politizada perpassa sua vida: é fundadora e presidenta da Nami, organização feminista voltada às artes urbanas para promover os direitos das mulheres.
 
Com expressivas figuras femininas, os desenhos de Panmela representam as mulheres que a rodeiam, tais como familiares e amigas. “Muitas mulheres que conheço foram vítimas de violência doméstica. Resolvi contar essas histórias para tentar mudar a situação”, diz. Não é à toa que dedica talento e tempo em oficinas gratuitas sobre arte para divulgação da Lei Maria da Penha.

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