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quarta-feira, 24 de julho de 2013

Jovens discutem sobre enfrentamento à violência


Karol Assunção

Adital
Thiago Fontoura
Tema de um dos projetos desenvolvidos pela Pastoral da Juventude, "A Juventude Quer Viver” foi o mote do primeiro painel da Tenda das Juventudes da JMJ. Realizado na manhã desta terça-feira (23), o debate contou a presença de Hildete Emanuele Souza, militante da PJ, Severine Macedo, da Secretaria Nacional de Juventude do Governo Federal, e Alessandro Melchior, presidente do Conselho Nacional de Juventude. Na ocasião, foram debatidas questões como violência e o extermínio da juventude negra, maioridade penal e Plano Juventude Viva.
Em sua fala, Hildete Souza destacou a luta dos brasileiros contra a violência, ressaltando ainda pontos como racismo, violência policial e as diversas bandeiras dos movimentos contra os vários tipos de violência. Para ela, apesar de existirem diversas formas de violência (violência contra a mulher, homofobia, violência contra a juventude negra, violência policial, entre outros), é importante que a luta contra essas violações seja unida. "A luta contra a violência não pode ser fragmentada, ela precisa ser comungada”, afirmou.
Por sua vez, Severine Macedo, secretária Nacional de Juventude, explicou sobre o Plano Juventude Viva, iniciativa do Governo Federal implementada em setembro de 2012, em Alagoas, e que deve ser expandido para oito estados brasileiros até o final deste ano. De acordo com ela, o objetivo do Plano é principalmente enfrentar o problema do racismo no Brasil e a banalização da violência.
As principais vítimas de homicídio no país são jovens do sexo masculino e negros. Dados do Ministério da Saúde revelam que, em 2010, 53,3% das vítimas de homicídio no Brasil eram jovens, sendo 76,6% negros e 91,3% do sexo masculino. Segundo Severine, o Plano busca enfrentar o problema da violência a partir de várias ações, como ampliação das políticas públicas voltadas para os/as jovens, enfrentamento do racismo institucional, ampliação do acesso à justiça, e fortalecimento de redes que promovem diálogos com a sociedade sobre racismo e banalização da violência.
Para finalizar o painel desta terça-feira, Alessandro Melchior, presidente do Conselho Nacional de Juventude (Conjuve), discutiu sobre a redução da maioridade penal no país e a política de encarceramento da juventude. De acordo com Melchior, os adolescentes são responsáveis por menos de 10% dos crimes cometidos no país. Além disso, o presidente do Conjuve chamou a atenção para o fato de que, enquanto a cada dez adolescentes que cumprem medida socioeducativa, dois voltam a cometer atos infracionais; no sistema carcerário, o índice de reincidência passa a ser de oito para cada dez presos.
Outro ponto destacado por Melchior diz respeito ao aumento de homicídios da população jovem. Segundo o Mapa da Violência 2013 – Mortes Matadas por Armas de Fogo, o número de homicídios no Brasil entre 1980 e 2010 foi bem maior entre os jovens do que no restante da população. A pesquisa revelou que, para todas as idades, os números cresceram 502,8% nesse período, enquanto que, entre a população jovem, o aumento de homicídios foi de 591,5%. "A gente tem que discutir o direito à vida”, declarou o presidente do Conjuve.

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