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quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Suicídio: um tema delicado e necessário

As taxas de suicídio preocupam mais do que nunca. Conheça as pistas deixadas por quem chega ao ponto de pensar em tirar a própria vida

Por Thiago Castro
29 set 2016

Mais de 1 milhão de pessoas assistiram às cenas de sexo de Tiziana Cantone, de 31 anos, vazadas na internet sem o seu consentimento. A italiana foi alvo de brincadeiras e insultos. Perdeu o emprego e tentou mudar de identidade e de cidade. Lutou para que as imagens fossem retiradas da rede. Conseguiu, mas só depois de meses de batalha e 20 mil euros gastos. Mesmo assim, ela não foi capaz de conviver com a humilhação. Foi encontrada morta por sua mãe no último dia 14 de setembro. Casos como esses estão cada vez mais frequentes. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 804 mil pessoas cometem suicídio todos os anos. São 11 821 só no Brasil, conforme dados de 2012, o que coloca o país em oitavo lugar nesse triste ranking. 

E esse número vem aumentando assustadoramente, por diversas razões. O primeiro é que, hoje, essas ocorrências vêm mais à tona, por causa do maior acesso à informação. Mas também há uma explosão de casos de transtornos como depressão, estresse, transtorno de humor, esquizofrenia, comportamentos impulsivos e dependência química. Segundo André Danjiro Yoshizawa, enfermeiro do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, é muito comum, por exemplo, observar a perda de emprego ou falência como grandes motivadores entre as pessoas que decidem se suicidar. Em geral, elas têm aproximadamente 40 anos e consideram que, nessa fase, será bastante difícil se reestabelecer financeiramente. “Outro fator importante é a exposição pública. Hoje, a informação se espalha rapidamente e pode se tornar global”, acrescenta Yoshizawa. Muita gente, como a italiana Tiziana, não consegue lidar com a situação.

Casos como o dela deixam alguns sinais antes de serem efetivamente consumados. Veja algumas pistas de que uma pessoa pode estar considerando cometer suicídio:

1. Mudança de comportamento
O indivíduo fica mais deprimido, fechado e isolado. 

2. Discurso sobre a morte
Às vezes, ele é bastante sutil. Comenta-se, no meio da conversa, frases como “eu não aguento mais”, “eu queria morrer” ou “não suporto mais isso”. 

3. Não enxerga mais possibilidades no futuro
A pessoa acha que nada mais pode dar certo e que seus problemas não têm solução. 

4. Planeja a divisão de bens
É comum o indivíduo começar a fazer um testamento, a relação de bens ou seguros de vida. 

5. Faz cartas de despedida
É bastante frequente escrever mensagens de adeus, sobretudo entre os jovens.

6. Provoca automutilação
Muitas vezes, as lesões infringidas por si mesmo são uma tentativa de buscar alívio para o sofrimento. Porém, esses machucados podem se tornar fatais. 
Se você identificar algum desses sinais em alguém, busque uma abertura para o diálogo. Tente mostrar para a pessoa que ela precisa de ajuda e pode melhorar. Além disso, procurar um especialista é importantíssimo para evitar futuras complicações. O centro de Valorização da Vida oferece esse apoio. Basta ligar para o número 141 ou então entrar no site http://www.cvv.org.br/ para obter suporte através do skype, email ou chat.

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