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quinta-feira, 11 de maio de 2017

Não nos deixam falar, diz Cármen sobre ela e Rosa no STF

Fala ocorreu após Fux dizer que concederia a palavra para o voto integral de colega

Redação JOTA
10 de Maio de 2017
A presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, voltou a aproveitar os debates da sessão plenária desta quarta-feira (10/5) para marcar diferenças entre o tratamento de mulheres e homens no Judiciário.
A ministra chegou a afirmar que no Supremo ela e a colega Rosa Weber quase não são interrompidas pelos colegas, mas isso decorre do fato de que elas quase não têm a palavra. A fala ocorreu após uma sequência de diálogos entre os ministros Luiz Fux, Ricardo Lewandowski e Rosa Weber, nos chamados aparte.
Leia o diálogo:
Cármen Lúcia: Ministra Rosa Weber, Vossa Excelência tem a palavra para voto.
Rosa: Ministro Lewandowski, o ministro Fux é quem tinha me concedido um aparte.
Cármen: Agora é o momento do voto…
Luiz Fux: Concedo a palavra para o voto integral (risos).
Cármen: Como concede a palavra? É a vez dela votar.
Ela é quem concede, se quiser, um aparte.
Foi feita agora uma análise, só um parêntese. Foi feita agora uma pesquisa, já dei ciência à ministra Rosa, em todos os tribunais constitucionais onde há mulheres, o número de vezes em que as mulheres são aparteadas é 18 vezes maior do que entre os ministros… E a ministra Sotomayor [da Suprema Corte americana] me perguntou: como é lá?
Lá, em geral, eu e a ministra Rosa, não nos deixam falar, então nós não somos interrompidas.
Cármen: Mas agora é a vez de a ministra, por direito constitucional, votar. Tem a palavra, ministra.
No dia em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, a presidente do STF também protagonizou um episódio que chamou atenção. Após o ministro Luís Roberto Barroso interromper a sessão do Supremo para homenagear as colegas Cármen Lúcia, presidente do tribunal, e Rosa Weber, e ouviu um comentário atravessado.
Cármen Lúcia: Vossa Excelência vê como é a vida… Nós temos um dia, Vossa Excelências têm todos os outros. Olha o princípio da igualdade…
Redação JOTA - De Brasília

Jota

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