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quinta-feira, 18 de maio de 2017

Viúvas são ainda mais vulneráveis quando o assunto é dinheiro


Não basta a dor, o luto. Quem perde o marido tem que aprender a organizar as finanças e a se defender de abusos nesta área. Essa é justamente a praia de Kathleen Rehl, consultora financeira e ela própria uma viúva, autora de “Moving Forward on Your Own: a Financial Guidebook for Widows” (em tradução livre,“Seguindo adiante por conta própria: um guia financeiro para viúvas”). Ela afirma que o estresse da situação é tão grande que é como se o cérebro congelasse, afetando atenção, memória e a capacidade de tomar decisões. Portanto, o cuidado tem que ser redobrado, principalmente para quem não tem intimidade com investimentos. Segundo ela, esta primeira fase tem que ser no máximo de triagem: listar o que é realmente inadiável e se ater a essas providências, como pagar as contas e levantar os benefícios a que tem direito.

Fundamental não se apressar em vender o imóvel onde mora, agora que está sozinha, ou em se mudar para a casa de um filho ou filha. São mudanças drásticas, que podem ter um impacto no círculo de amizades, e até nos cuidados com a saúde – no caso de se tratar de uma outra cidade ou estado. Se receber um seguro de vida, o melhor é aplicar num investimento de curto prazo para ter tempo de pensar com calma no que pretende fazer com o dinheiro. Num segundo momento de mais paz de espírito, chega a vez do planejamento a médio e longo prazo. Kathleen diz que, logo após ficar viúva, foi procurada pelo consultor financeiro que atendia seu marido. Enquanto ela apenas pensava em como teria forças para seguir em frente, ele falava de números e se referia ao “falecido” como algo distante. “Quem perde o marido está soterrada por emoções, que vão da fragilidade à raiva, do alívio à culpa. Claro que acabei dispensando esse consultor”, costuma contar em palestras.

A dúvida mais recorrente é: “terei dinheiro suficiente?”. Essa é a hora de levantar as fontes de receitas e de despesa para avaliar claramente quais são as opções. Amigos e familiares podem querer ajudar sem conhecer toda a situação. Neste caso, o melhor é agradecer pelas sugestões e dizer que elas serão estudadas com carinho, mas que nada foi decidido. O ideal é buscar ajuda profissional de confiança, inclusive para se defender de abusos financeiros. Infelizmente, eles podem acontecer no seu círculo mais íntimo: filhos e netos pedindo dinheiro emprestado ou para fazer negócios. Há também o risco de “predadores financeiros” nas redes sociais, por isso é tão importante se preservar enquanto recupera suas forças.

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