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sábado, 18 de novembro de 2017

Rachel de Queiroz, a inquieta escritora social

Rachel de Queiroz
Rachel de Queiroz MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO/TV ESCOLA
Rachel de Queiroz foi uma das romancistas que mais deixou marcas na literatura brasileira. Nascida em Fortaleza no dia 17 de novembro de 1910, no Estado do Ceará, mudou-se com seus pais em 1915 para o Rio de Janeiro fugindo da seca e da fome. Nesta sexta-feira, o Google homenageia os 107 anos do nascimento dela com um Doodle.

A vida multifacetada da escritora nordestina, que também se dedicou ao jornalismo, à educação, ao teatro e à política, parece uma novela. Com apenas 19 anos, quando os médicos suspeitavam que sofresse de uma tuberculose mortal, dedicou seus meses de enfermidade a escrever seu primeiro romance O Quinze, uma crônica crua da pobreza de sua terra natal. Seus pais custearam a publicação, que logo se tornou a revelação literária do momento. Tinha nascido uma escritora de peso.
Apesar de, como a maioria dos grandes romancistas e poetas do país, Queiroz ter se forjado no jornalismo, onde se revelou uma grande cronista, durante toda sua vida combinou a imprensa e a literatura, e em 1977 foi a primeira mulher a entrar na Academia Brasileira de Letras.

Talvez o melhor romance daquela que foi a melhor contadora de histórias do século XX no Brasil, a mais madura e perfeita, seja Memorial de Maria Moura, publicado aos seus 82 anos.
Filha de um juiz, a inquieta escritora social ajudou a fundar o Partido Comunistado Ceará. Foi fichada em seguida como agitadora pela polícia de Pernambuco. Mas, depois de o partido censurar seu romance João Miguel, porque nele um operário mata outro operário, rompeu com o PC e foi para o lado dos trotskistas. Logo suas obras foram queimadas, junto com as do grande escritor Jorge Amado, e acabou presa por três meses no quartel do Corpo de Bombeiros de Fortaleza. Queiroz se afastou definitivamente da esquerda quando soube que, por ordem de Stálin, o cérebro de Trotski tinha sido profanado.
Prêmio Machado de Assis pela Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto de sua obra, a escritora recusou em 1958 o ministério da Educação. “Sou apenas uma jornalista. E quero continuar sendo isso minha vida toda”, disse ao então presidente da República, Jânio Quadros.

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